Madame Clicquot

Nicole Barbe Ponsardin, conhecida no mundo todo como Veuve Clicquot, nome do emblemático Champagne, foi uma mulher revolucionária em sua época.

Casou-se em 1799 com François Clicquot, herdeiro da casa de espumantes Clicquot, quem 5 anos depois faleceu de febre amarela. A tradicional vinícola esteva a beira de fechar após o ocorrido.

No entanto, contrariando os desejos de sua família, Nicole insistiu em assumir os negócios da casa. Felizmente, já que ela foi fundamental no aperfeiçoamento e na difusão do champagne, sendo consagrada como a Grand Dame de Champagne ao final de sua carreira.

Ainda que em princípios do secúlo XIX o mundo dos negócios era território exclusivo masculino, Madame Clicquot conseguiu adquirir os melhores vinhedos para o cultivo de uvas – até hoje considerados de máxima qualidade – e também alavancou a exportação dos vinhos a Inglaterra e,  posteriormente, ao redor do mundo.

A sua maior contribuição no entanto, foi o aperfeiçoamento do método Champenoise – no qual a segunda fermentação do vinho base para obtenção do espumante se dá por meio da adição de leveduras dentro da garrafa.

Antes estas bebidas eram turvas, já que terminado o processo, as leveduras morriam e se misturavam ao líquido. Nicole descobriu então que ao armazenar as garrafas em pupitres, em posicão inclinada, e girá-las 1/8 de volta a cada dia, fazia com que as leveduras se depositassem no gargalo da garrafa e pudesem ser extraídas através do método chamado dégorgement. Esse método revolucionou a elaboração do champagne e é adotado até hoje.

Realizado este processo, como se pode observar, existe uma perda de líquido da garrafa. Resta então completar o volumem perdido com o Licor de Expedição, que geralmente é um vinho doce ou misturado com açúcar. Este licor é o que vai definir a doçura da bebida. Por isso há nos rótulos as designações Nature, Extra Brut, Brut, Sec e Demi-Sec que estabelecem os limites máximo de açúcar por litro.